Um divã para dois (filme)
Ficha Técnica
Título original: Hope Springs
Elenco: Meryl Streep, Tommy Lee Jones, Steve Carrel
Direção: David Frankel
Gênero: Comédia romântica; Drama
Gênero: Comédia romântica; Drama
Estréia: 17 de Agosto de 2012
Duração: 100 minutos (1 hora e 40 minutos)
Indústria cinematográfica: Imagem
Classificação: 4/5
Adorei este filme. Sinceramente? Antes de assistir não via nada de especial nele, pensei que fosse mais uma daquelas comédias românticas em que se dá uma risada no começo e outra no meio do filme e acabou. Que fica só naquele lenga-lenga enjoativo, clichês, como muitas por aí, mas não. Primeiro que meus olhos se encheram de lágrimas desde o começo, mesmo que eu não tenha chorado de verdade nenhuma vez. De fato, é uma comédia, mas acredito eu que basicamente este é sim, também, voltado bastante para o drama. Afinal, esta é uma situação dramática, não é?
Angustiante. Talvez esta seja uma palavra mais adequada. Por que? Bem, sabe-se que todo casamento que se preze já passou, passa ou irá passar por uma crise. Mas veja bem, esta é uma história de um casal no início da fase idosa, quando já passaram por tanta coisas juntos que o casamento acabou se tornando amizade - e quem sabe nem isto. Agora são apenas duas pessoas que dividem a mesma casa.
Devo destacar, primordialmente, a atuação de ambos os atores - tanto Meryl quanto Jones. Os dois conseguiram "entrar" em seus respectivos personagens de maneira surpreendente. Meryl faz o papel de uma senhora angustiada com a vida, nervosa, triste e com medo de que seu casamento acabe de vez, e que tem como objetivo impedir que isso venha a acontecer, custe o que custar. Enquanto Jones é um senhor rabugento, extremamente econômico, que não é nem um pouco romântico e parece não notar o que acontece ao seu redor. No entanto, ambos ainda guardam dentro de si espíritos joviais.
Apresentando alguns problemas que um casal vivência no dia-a-dia - como o clássico 'marido que vive assistindo à televisão' - este pode ser, inclusive, visto como uma crítica ao "mesmíssimo" dos dias atuais, a rotina da vida, pelas pessoas sempre serem tão diferentes e no final acabarem com rotinas de vida tão parecidas umas com as outras. Um caminho para levarmos a refletir nossos atos para com aqueles que convivemos - o longa consegue prender o telespectador do início ao fim, sempre criando uma curiosidade do que "vem em seguir".
A atuação, principalmente de Streep, é tão realista que por ser uma personagem sonhadora, algumas vezes até mesmo podemos observa-la rindo sozinha, de algo que lhe veio a mente, um riso encantador.
Creio que, quando o filme consegue criar um laço entre o espectador e a estória - envolvendo-o na trama - isto significa que este é de bom prestígio, e se torna especial. Foi exatamente isto que este longa me causou. Senti em mim as mesmas dores sofridas pela protagonista, ao ver tamanho que era o seu sofrimento, assim como me indaguei diversas vezes tentando entender, assim como ela, o motivo pelo qual o seu marido se encontrava naquele estado, a tratando daquele modo. Será que uma hora o amor pode, simplesmente, acabar?
"Quando foi a última vez que tocou em mim, a não ser pra tirar foto? Quando foi a última vez que me beijou?"
Sinto-lhes informar, mas esta não é uma situação muito distante de alguns casamentos por aí.
Comentários
Um ótimo final de semana
Beijooos