Os homens que não amavam as mulheres (livro e filmes)

Ficha técnica
Título original: Män som hatar kvinnor
Trilogia Millenium (#1)
Investigação policial; mistério; suspense
Escrito por: Stieg Larsson
Classificação: 5/5
Leitura de origem Sueca
Número de páginas: 539
Editora: Id Editora


"Na suécia, 18% das mulheres foram ameaçadas por um homem pelo menos uma vez na vida."

Bom, é bem capaz de que este texto fique gigante, mas porque tenho muito do que falar e irei dividir em partes (a do livro, a que falarei sobre o filme da versão americana e o da versão sueca), portanto caso queira ler uma parte específica, já sabe. 

LIVRO
Sempre tive bastante desejo de ler este livro, pois já havia escutado bastante sobre. Penso que o fator que mais me fez gostar da obra foi a personagem principal, que por sinal é totalmente diferente de qualquer mulher que eu já conheci e se tornou uma heroína para mim. Seu nome? Lisbeth Salander. Uma hacker que possui piercings e algumas tatuagens pelo corpo (entre elas um enorme dragão que vai desde o começo das suas costas e com uma calda alcançando uma de suas nádegas, pelo que é bastante conhecida e que entitula a tradução americana - The girl with the Dragoon tattoo). Salander é bastante esperta, não liga para o que os outros pensam e tem um passado bastante conturbado e misterioso (apenas revelado no segundo livro). O interessante é que Larsson (o autor) consegue mexer com diversos assuntos e encaixa-los perfeitamente em cada situação, portanto acredito que a trilogia por completa deve ter dado muito trabalho. Uma história fascinante que envolve (claro) o maltrato de tipos diferentes sobre as mulheres suecas, religião, informática, política e fatos históricos como a 2ª Guerra Mundial e o neonazismo pelo mundo. A leitura se trata da busca do que realmente aconteceu a um dos membros da família Vanger. Considero importante afirmar que sim, o começo do livro pode ser muuuuito longo e muito chato, mas fundamental. Larsson é muito descritivo e gosto de escritores assim. Ele chegou a desenhar uma planta da ilha sueca onde se passa a história, o que faz o leitor se envolver mais, se aprofundar mais, se sentir ligado(a) a história e sentir-se próximo aos personagens e a investigação. Ele também criou a árvore geneológica da família Vanger, já que todos na família são suspeitos do desaparecimento da querida Harriet e como a família possui bastante pessoas, também ajuda a você se situar (saber quem é filho de quem, etc). É um daquele tipo de leitura que te prende até o final e com certeza é um dos melhores que já li.


FILME (VERSÃO AMERICANA)
Ficha técnica
Título original: The Girl with the dragon tattoo
Elenco: Daniel Craig, Rooney Mara
Direção: David Fincher
Gênero: Suspense; Investigação policial; Mistério
Estréia: 12 de Dezembro de 2011 
Baseado na obra de Stieg Larsson
Duração: 158 minutos (2 horas e 38 minutos)
Indústria cinematográfica: Columbia Pictures
Classificação: 3/5



Se você já assistiu a este filme e gostou, leia o livro. Se não gostou ou não assistiu, leia também. Particularmente, nenhuma das duas versões criadas a partir do primeiro livro da trilogia de Stieg Larsson me agradou por completo. Na versão americana penso que Daniel Craig não se encaixou muito bem no papel de Mikael. Primeiro: porque ao menos na minha imaginação, fisicamente não há bastantes aspectos semelhantes. Segundo: alguns atores possuí um jeito específico, ao qual incrementa sempre ao personagem (mesmo que a sua própria personalidade não tenha nada haver com o do papel), mas pode-se considerar um bom ator aquele que consegue interpretar qualquer personagem sem dificuldade, sem ter de misturar quem ele realmente é com o perfil do personagem ao qual interpreta. No entanto, talvez por sua atuação como James Bond, penso que é do tipo que incrementa a sua personalidade em seus papéis. Por um lado, o jeito do ator de ser (reservado, observador) se encaixou bem, por outro lado vejo que exagerou um pouco. Segundo o livro, Mikael é reservado mas  é do tipo de homem que se classifica como "mulherengo", contanto que (não é spoiler) a sua situação amorosa é bastante complicada. Já Rooney Mara fisicamente ficou muito perto da perfeição (pelo menos como imaginei) da verdadeira Salander, no entanto penso que a atuação deixou a desejar, sendo que a atriz da versão sueca lembra mais a personagem do livro. De certo modo o roteiro e o pessoal da produção conseguiu assemelhar bastante algumas cenas ao livro, entretanto foram trocados também alguns pequenos detalhes que fizeram a diferença, mas o que realmente revoltou foi a mudança do final e isto acabou estragando de vez com o filme, além de torna-lo patético e sem-graça. Todavia, a abertura ficou muito boa, as imagens, a música... Tudo excelente! 



FILME (VERSÃO SUECA)
Ficha técnica
Título original: Män som hatar kvinnor
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace
Direção: Niels Arden Oplev
Gênero: Suspense; Investigação policial; Mistério
Estréia: 14 de Maio de 2010
Baseado na obra de Stieg Larsson
Duração: 152 minutos (1 hora e 32 minutos)
Indústria cinematográfica: Nordisk Film
Classificação: 2/5




A interpretação da Salander foi excelente, mas os elogios param por aí. Esta, penso que é uma das piores adaptações em comparação a obra em que é baseada. Há mudança no roteiro, nos detalhes, nos lugares, em tudo praticamente. Na Lisbeth colocaram tatuagens que não existem, um cabelo esquisito e acho que fisicamente nada nela ficou ao estilo padrão. Escolheram um péssimo Mikael que não se enquadra com os perfis do personagem e durante o filme do primeiro livro mostra cenas do segundo, envolvendo um pouco dos dois, o que acaba confundindo.


Comentários

Luísa Becker disse…
Pode parecer loucura, mas eu juro que preferi um milhão de vezes a versão sueca, eu não li o livro, mas gostei muito da trilogia sueca. Agora é aguardar pra ver se os americanos acham que vale a pena dar continuidade ao trabalho. hehehe
Beijos!!!
http://minhametadeleitura.blogspot.com.br
Unknown disse…
Ah mas é assim mesmo, cada um tem o seu modo de analisar diferente (: Encontrei com várias pessoas que amaram e outras que detestaram a versão americana também, na minha opinião as duas possuem bastante defeitos, mas não quer dizer que odiei por completo, haha. Mas sim, os americanos estão dando continuidade ao trabalho e "A menina que brincava com fogo" chegará sim as telonas, assim como a sua sequência "A rainha do castelo de ar", no entanto a gravação do segundo parece ter sido adiada até depois de 2013, devido ao fato de que o roteirista ainda não finalizou o seu trabalho :/ beijos lu! (:

Postagens mais visitadas