Meu namorado é um zumbi (filme)

Ficha Técnica

Título original: Warm Bodies
Elenco: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, Rob Croddry, Dave Franco
Direção: Jonathan Levine
Gênero: Comédia; Romance adolescente
Estréia: 8 de Fevereiro de 2013
Baseado no livro Sangue Quente de Isaac Marion
Duração: 97 minutos (1 hora e 37 minutos)
Indústria Cinematográfica: Summit Entertainment
Classificação: 3/5

Gostei bastante do filme. Tudo bem, tem algumas coisa (na verdade, vejo que no filme todo) que não há sentido algum. Mas afinal, é uma ficção. Por várias vezes, durante o longa, parei e pensei: tá, um zumbi não iria conseguir fazer isso nunca e se seguisse o estilo de The Walking Dead esse filme nunca seria possível. Afinal, um morto-vivo não pensa, certo? Acredito que muitos críticos irão detonar com o filme: devido a estória, os efeitos especiais, as maquiagens, etc.

Está "na modinha" pegar um clássico e transformar em uma adaptação cinematográfica, ou fazer algo parecido. Deu-se início por crepúsculo e assim seguiu. Hoje temos: Branca de Neve e o caçador, A garota da capa vermelha, a nova adaptação de João e Maria - Caçadores de bruxas, de João e o pé de feijão (Jack, o caçador de gigantes - ainda não lançado), entre outros, e "Meu namorado é um Zumbi" não é diferente. Contendo a intertextualidade denominada "explícita", no longa há caso de mortes e voltas a vida. O nome do zumbi se começa com R e o de sua namorada é Julie, o amor destes é proibido pela família da garota e devido a diferença entre ambos. Cenas como a de quando R grita Julie em sua sacada destacam bastante a semelhança com o clássico "Romeu e Julieta" de Sheakspeare, assim como a de quando ele beija a sua mão. 

Que não me entendam mal os fãs de Twilight, mas este não é uma imitação da saga. Acredito apenas que o autor se baseou também (assim como a Stephanie Meyer) no clássico A Bela e a Fera, até porque o pai de Julie também é um caçador. E bom, assim como os vampiros, os zumbis são mortos-vivos, portanto qualquer semelhança é mera conhecidência. Mas por outro lado, a autora causou sim esta revolução na indústria cinematográfica e por isto acredito que a sua série se tornará um marco no mundo do cinema (apesar de muitos detestarem a obra em si, mas digo sobre a repercussão que causou). Mas não seria nada ruim também se as pessoas voltassem a se inspirar nos clássicos, não é mesmo? Não digo que desejo sair por aí chupando sangue ou comendo cérebros, mas afinal, que mulher não gostaria de ter um gentleman como o Romeu para ela? 

Apesar de ser mais um filme de adolescente, nos mostra como aproveitar os pequenos prazeres da vida. Como por exemplo: apenas o fato de poder se comunicar com o outro, de poder compartilhar pensamentos, sentimentos e experiências e o quanto isso é bom. Assim como também o recado deixado, que foca no sentimento do amor como a mudança do mundo. Viva aos clássicos!